domingo, 3 de dezembro de 2017

Os livros sagrados que sempre lemos.


A primeira vez que refletir sobre religião e escola, não foi quando estudava ou quando comecei a ministrar aulas, mas ao ler o livro de Stela Caputo sobre religião e educação e começar o despertar de como a religião interfere em nosso cotidiano.
Várias coisas que sempre aconteceram foram despertadas ao ler este livro e percebi o quanto a intolerância religiosa e o racismo estiveram imbricadas em todos os seriados e processos educacionais.
Atualmente, tem se desenvolvido com mais intensidade a cultura do diálogo entre as mais diversas religiões, não no formato de ecumenismo de todos adorarem o mesmo Deus, mas de discutirem as faces da divindade e como a prática profissional afeta ou é a afetada por conta das idiossincrasias religiosas.

Na nossa construção histórica acerca da liberdade religiosa, o Brasil foi influenciado desde o seu “descobrimento” pela cultura europeia. Um país, onde portugueses além de roubar, matar, estuprar, celebrava missas. Contudo, as conquistas foram conseguidas a partir da Constituição elaborada na Proclamação da República em 1891, que garantia a liberdade de crença e também de culto.
Na perspectiva sociológica a religião é entendida de por diversas correntes de diferentes formas, as quais são relevantes para o diálogo sociocultural. Para Émile Durkheim (1981), a religião tem o papel de fortalecer os laços de coesão social e colaborar para a solidariedade dos membros do grupo. Podendo, desta forma, ser compreendida como um processo pedagógico que constrói valores na vida do ser humano. Na percepção de Karl Marx (1991, p. 106) a religião é o “ópio do povo”, porém esta afirmativa se dá a partir do momento que a religião tolhe o poder de reflexão do indivíduo. Max Weber (2000), por meio de seus estudos comparativos que a religião ocidental pode contribuir para o desenvolvimento capitalista, uma vez que o trabalho e o enriquecimento são entendidos como uma forma de favorecimento da divindade.
É importante ressaltar que a educação começa desde as sociedades primárias no formato de clã, pois no contato com seus manas, já se inicia a aprendizagem. Mais adiante, começa a se relacionar com os demais familiares, e suas experiências vão gradativamente se ampliando, até chegar o momento de ir à escola, local no qual deverá aprender com seus educadores e também a partir da convivência com seus colegas.
A educação bancária ou formal está em constante mudança em seus planejamentos, propostas pedagógicas, reformas de ensino, adaptando-se e aperfeiçoando suas grades curriculares para que correspondam às necessidades do contexto social no qual o educando está inserido.
A adestração ou formação religiosa numa determinada confissão não é função da escola nas sociedades plurais e democráticas. No Brasil, que é um país laico (Graças a Deus), a diversidade religiosa necessita estar presente no espaço escolar. Diante dessa necessidade, os ambientes escolares não confessionais, dentre eles os espaços escolares da rede pública, necessitam repensar suas identidades na sociedade, que é composta por diferentes estruturas, tais como: raça, geração, gênero, política, economia, religiosidade.
Por essa razão, é necessário desenvolver um processo pedagógico que liberte o ser humano das cadeias sociais que tem como primeiro objetivo, a dominação e o lucro, aniquilando o seu direito e poder de reflexão, de respeito e de valorização àqueles que têm credo, cor e raça diferente da sua.
Faz-se necessário que o espaço escolar tematize as questões sobre diversidade cultural religiosa sem referir-se necessariamente a uma religião em concreto. Por isso, para se ter um modelo de escola plural e democrático é de suma importância que a instituição aborde em seu processo pedagógico as questões da religiosidade e sua ligação com o transcendente, por meio do convívio intercultural.

Referências bibliográficas.

Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Art. 5, VI. BRASIL. Lei n.º 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências.
DURKHEIM, Émile. Religião e conhecimento. In: Sociologia, 2ª ed. São Paulo: Ática, 1981. GEERTZ, C. A interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.
MARX, Karl. Introdução à crítica da filosofia do direito de Hegel. In: Questão Judaica. 2ª. Ed. São Paulo: Moraes, 1991, pg.106.

WEBER, Max. A Ética protestante e o espirito do capitalismo. 15ª ed. São Paulo: B

segunda-feira, 20 de novembro de 2017


A importância da comunidade!

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Os alunos de nossa comunidade possuem aqui a oportunidade de analisar de forma crítica os problemas de representatividade e realidade social. É um exercício de cidadania latente e uma forma eficaz de exercer vários tipos de faculdades intelectuais. Além de propagar vozes que hoje não são levadas em consideração nos diálogos sociais. É o uso da tecnologia para empoderar com união e afeto, consiência e força política.



Público-alvo.
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Uma vez escolhida à parcela do público-alvo a ser alcançada, é importante levar em conta a linguagem de trabalho para melhor alcance e propagação do tema.
Embora para se ter um bom posicionamento nas pesquisas do Google seja necessário um excelente conteúdo em texto, para que o conteúdo do blog seja de fato relevante aos Jovens estudantes (nosso público-alvo) é preciso que o jornal seja multimídia. Portanto, se faz necessária a mão de obra de criadores de conteúdo que estejam interessados em discussões  com fotos, vídeos e até mesmo áudios, de forma a trazer sempre a melhor produção ao blog.

Além da preocupação com o conteúdo, é imprescindível que os criadores sejam moradores da comunidade, pois do ponto de vista de dentro (de/do pertencimento) estes irão ressaltar, de maneira mais completa, a visão e as necessidades do nosso grupo. Além de emponderar tanto quem trabalha quanto quem lê.

Introdução


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Entendendo a educação comunicativa como um processo não só exclusivamente escolar, mas envolto em todas as etapas da vida do ser humano, projetos extra curriculares e transdisciplinares são uma ferramenta excelente para o emponderamento de vozes jovens negras. As mídias são mais do que um simples modo de entretenimento e comunicação. São meios de transformação social com infinitas possibilidades de ocupação. O projeto a seguir trás a proposta de conscientizar a comunidade com vozes dos seus próprios alunos, por meio de ferramentas já usadas na internet e de fácil acesso.